Clareira Central

Após uma noite de descanso, Sophitia segue para o o Caern do Segredo das Águas acompanhada de Orgulho do Falcão. Elas adentram pelo território dos Presas de Prata e chegam caminhando com elegância ao centro da clareira.

Sem saber o que aconteceria a partir dali, a jovem Ahroun aguarda os direcionamentos de sua anciã.

A chegada de Uhtred a São Paulo, tinha sido intensa. Em menos de 4 dias na cidade, o Modi já tinha lutado mais vezes do que todo o tempo antes disso, que estava no país.
Ao se levantar, e se olhar no espelho. Via sua imagem modificada, e lembrava dos novos dons que aprendeu. Apesar de ter terminado, tomando uma surra, ele não se arrepende de nada. Gostaria de ter feito um papel mais digno diante do líder de sua tribo, mas não se acovardou , e isso o deixava satisfeito. Pelo menos por hora.

" Assim que me recuperar, vou dar uma surra no filhinho do papai. Hahahaha, o desgraçado me fodeu com gosto."

Chegando do lado de fora da casa, depois de passar pela cozinha e se alimentar como se não comesse a dias, Uhtred encontra Ragnar a sua espera, e partem para a clareira central.
Chegou a hora de conhecer sua nova matilha. Apesar de não estar 100% recuperado, o Modi estava animado para os desafios que viriam pela frente.

" Preciso quebrar a cara de alguém, pra tirar esse gosto amargo de derrota da boca."

Seguindo ao lado de Ragnar, ele pergunta: ' - Nessa matilha que entrarei, são todos recém chegados recém chegados ao caern, ou sou o único novato ? '

Sophitia sorri simpática aos comentários de Orgulho do Falcão demonstrando entender o recado da Anciã.

Não tarda até que os dois Fenris apontados se aproximem. O primeiro a se apresentar, ninguém menos do que o líder da tribo.

A jovem Ahroun estende a mão cumprimentando o Fenris de forma firme e responde.

'- Prazer, Chuva de Sangue-Rhya. Sophitia Beauchamp, Vingadora de Luna, hominídea, Cliath, Ahroun dos Presas de Prata '

Vira-se então para o outro e o cumprimenta com um menear de cabeça estendendo o cumprimento.

'- Prazer.'

Após o chá na Tenda do Sultão, Tasaria segue com Alexandra. Flor do Deserto pode perceber facilmente a Cliath apreciar a riqueza do caminho e do ambiente. Se se familiarizava com os cheiros de toda sorte de plantas e seres que coroavam a área gramada e aberta da Clareira Central.

*Este lugar não para de me impressionar...*

Estala cada um dos seus dedos e dedilha de forma cadenciada cada um dos dedos, do mindinho ao indicador, passando pelo polegar da mão esquerda e comenta com a Lua Crescente:

"- O vento nos trouxe cedo... Poucos chegaram."

Ragnar volta a falar na importância de liderar a matilha, reforçando mais um pouco, o peso que já tinha colocado sob os ombros de Uhtred. Que não tinha a menor intenção de ser alfa, e agora tinha a obrigação.
Antes que Ultred pudesse falar algo que se arrependeria o resto da vida, ele avista duas mulheres lindas, e nada mais interessa a ele. Até que Ragnar o trás de volta a realidade com um aviso sobre quem eram as duas. Mas ele não consegue deixar de admirar a mulher mais velha.

" Puta merda, olha só essa coroa. Acho que a mãe dela, deu pro próprio Fenris. "

Ao chegarem perto, Ragnar cumprimenta a mais velha e se apresenta para a novata, que aproveita para se apresentar também. Então Uhtred que tem serias dificuldades de parar de olhar para a Presa de Prata mais velha, se apresenta.

' - Sou Uhtred, Flagelo-dos-Jötunns. Hominídeo, Modi, Cliath do Crias de Fenris. É uma enorme satisfação conhece-las.  

A lua estava encoberta por névoas e nuvens. Mesmo assim não escondia seu augúrio. A lua dos Philodox era uma sombra de luz pálida no céu da floresta.

Junto de sua mestra Sabedoria-sobre-a-Fúria, Chuva-do-Amanhã caminhava a dois passos atrás. Estava com uma calça de linho grosso e amarelado e robe de linho da mesma cor. De pés descalços, caminhava apreensivo, como se algo não estivesse exatamente no lugar nessa floresta. Suava frio observando com o canto do olho se alguém estava a espreitar. Mesmo assim suas sobrancelhas eram cerradas e face inexpressiva.

Sabia que naquele momento algo iria se definir e moldar tudo que aconteceria daqui pra frente. Não fazia sentido nada além de uma abordagem direta. Olhava para cima só para lembrar-se de que nenhuma estrela estava a vista.

"Os mistérios da vida não são um problema a se resolver, mas uma realidade a se experienciar"

Decidido, tomou sua forma de nascença. E agora, um Crinos albino, completamente branco e de olhos vermelhos caminhava uns passos atrás da senhora de bengala e de andar lento. A alguns metros da clareira central o Portador observou enquanto caminhava os membros da seita conversando. Chuva-do-Amanhã tenta identificar alguém no meio das faces que ali estavam. Sim. As visões clareavam. A roda do Dharmagaia estava girando e este era o primeiro movimento.

Akin apenas acena em positivo e segue com sua líder até o grupo. Sabia que iria lidar com o privilégio branco desde que pisou naquela cidade, mas quando encontrou sua líder tribal - preta - e soube que a liderança do outro Caern era a de um Uktena, se permitiu ter esperanças mínimas de outra realidade. Esperanças mortas pelas palavras de Jéssica.

*Cuidado com Fenris e Presas de Prata, anotado* - pensa, enquanto seguia.

Sendo apresentado a todos, o Lua nova apenas fala, em tom cordial, se preocupando em cumprir todos preceitos da boa convivência enquanto estava diante dos antigos e dos futuros irmãos de matilha:

'- É uma honra conhecê-los.'

O Lua Nova nota então a chegada de mais dois membros, um deles mais branco que os brancos. Um juiz muito, muito branco.


*Privilégio branco que ela falou né? Um juiz mais branco que os brancos, me sinto no Texas...*


Akin nota que havia algum desconforto após a fala da Portadora da Luz Interior, mas ainda não era capaz de entender as razões do mesmo, embora catalogasse mentalmente a informação.

Após o comentário breve da anciã Presa de Prata, Chuva-do-Amanhã faz uma reverência longa e baixa aos anciões.

"Meus senhores."

Depois, faz um cumprimento respeitoso sem falar nada aos demais. Chuva tenta esconder o olhar, mas encara os futuros membros de sua matilha com um olhar pensativo. Como se tentasse lembrar de um velho conhecido, sem saber de onde.

As vezes, como um tique nervoso, ele olha aos céus buscando algo, apenas para descer a cabeça novamente e olhar outro membro. Parecia esquecer que as estrelas estavam encobertas pelas nuvens e a previsão era de piorar. Então, como se tivesse lembrado de algo, ele volta a se manter ávido e concentrado na situação posta a sua frente.

"Assim como as nuvens cobrem as estrelas, a esperança cobre a observação."  

É hora de se manter no presente.

A tenção  entre Ragnar e alguns integrantes da seita, era palpável.  Uhtred prefere não se meter. Enquanto isso ele analisa seus novos irmãos de matilha. Até  agora estavam todos muito calados. Mas no meio  de tantos membros graduados, qual Cliath não ficaria . 
 Com a chegada  de mais alguns membros, o Modi se apresenta para seus futuros irmãos.  

' - Aos que chegaram agora, sou Uhtred, Flagelo-dos-Jötunns. Hominídeo, Modi, Cliath dos Crias de Fenris.  Estou ansioso pra conhecer o restante da matilha.  Será que teremos alguem feio ? Porra, até  eu fiquei bonito nesse caern.  Antes eu parecia as bolas de um buldogue.  Olhem só  pra mim agora. Quase um modelo !  "

A Arhoun escuta sua irmã com atenção. Apesar de não com tanta graça e simpatia quanto Alexandra, após Flor do Deserto se apresentar ela cumprimenta a todos com muita polidez.

A chegada de Uivo Digital começa como uma suave brisa fresca de carisma. Suas boas vindas são recebidas com um sorriso pela Romani. A Presas de Prata traz a polidez e elegância típicas e esperadas de sua tribo. O gelo se instala no curto e seco cumprimento do Fenris. A Galliard apresenta Akin, um Andarilho que seria parte da nova Matilha. Uma velha anciã se aproxima seguida de um Impuro albino e o respeito geral para com ela era fácil de notar.

A noite que começara com uma fresca brisa esfria a cada olhar trocado, e Tasaria olha para o céu um instante para ver se a garoa que ameaçava cair a qualquer segundo finalmente desabaria em suas cabeças.

*A cada palavra o vento parece mais frio... A cada silêncio, também.*

O Ragabash é um negro belo e educado. Seu contraste com o Impuro em termos e postura eram quase como avatares distantes na jornada percorrida pelo Tarot. E para quebrar completamente a tensão, que era quase palpável, o gigante Fenris solta um comentário tão aleatório que Tasaria não tinha certeza se era uma tentativa desastrosamente cômica de quebrar o gelo ou se estava sendo simplesmente desrespeitoso.

*É um Fenris... Não há porque não ser as duas coisas. Hahahahahaha*

"- E um prazer conhecê-los, irmãos." Cumprimenta de forma educada a todos. "- Sou Tasaria Haji, Fúria Rasante de Ma'at. Mulher, Arhoun, Cliath dos Peregrinos Silenciosos."

Recebendo cumprimentos em série pois se unira ao grupo, Akin os devolve com acenos de cabeça e sorrisos carismáticos. O Lua Nova não ia repetir novamente seu nome, visto que já fora apresentado ao chegar, e buscava gravar os nomes que se apresentavam a ele e aos demais, sabendo que iria demorar algum tempo para gravar o nome de todo mundo.

*Começos sempre são começos...* - reflete.

'- Eu que o diga, Flor do Deserto.' - Cumprimenta a peregrino que se unia ao grupo junto de uma das novatas com um sorriso e de maneira amigável.

Não tarda e se aproximam a líder dos andarilhos, uma bela e imponente mulher, a companhada de um jovem também de sua tribo, seguidos pela anciã dos Portadores da Luz e o seu novo discípulo.

Com a chegada desses últimos, Orgulho do Falcão parece fazer um comentário que faz gelar o clima e uma tensão era nítida mesmo para a jovem Ahroun. Tensão essa que, graças a Gaia, é amenizada pela chegada calorosa da anciã dos Filhos do Unicórnio e sua acompanhante.

Sophitia cumprimenta a todos os que chegam com atenção e graça.

'- É uma prazer conhecer a todos. Sou Sophitia Beauchamp, Vingadora de Luna, hominidea, Cliath, Ahroun dos Presas de Prata.'

Sarah chega junto com outra Fúria-Negra, Artemísia, que havia lhe recebido.

Chegava, como sempre, com uma expressão desconfiada. Tentando entender o ambiente que estava. Olha em volta tentando identificar cada um dos que estavam ali. Se vira para Artemísia e pergunta enquanto ainda olhava em volta:

" - Então.. qual o próximo passo?"

Forma Atual - Hominídeo

Apenas pelos anos de experiência passando ou simplesmente vivendo em território completamente inóspito faziam com que Morlock andasse por aquele caern semi-aquático de maneira não desesperada..

*Puta que me pariu, não sabia que os Uktenas gostavam tanto de banho..*

.. enquanto chegava juntamente com Mija-Contra-o-Vento, ele percebe que uma grande aglomeração de garous lá já se encontravam, e, receava, como costumeiramente acontecia, estar atrasado.

"-Lascou irmão, nego já acha que nós não vale nada, e, ainda chegando depois no rolê, as panela já vão estar se punhetando, hehehehee.." - Morlock novamente desfere sua risada que em tudo se assemelhava a de um personagem de desenhos animados conhecido como "Rabugento", o cão de Dick Vigarista.

"-E ai? Quem é o Alma preta que vai ser chegado meu??"

Noodi tirou algum tempo para se recuperar dos gastos mentais e espirituais que envolveram a sua primeira missão naquela terra que era tão estranha quanto poderia ser para qualquer recém chegado, mas ao mesmo tempo sentia euforia por ter que lidar com o desconhecido lembrando de suas visões.


O Theurge realizava os seus pequenos rituais ao longo do dia mas quando chega na clareira vê uma grande aglomeração e procurava por seus seus anciões para o que seria a sua próxima tarefa.