Ruas de Guarulhos

Noodin facilmente consegue a simpatia dos dois guardas. O mais forte iria ajudar a empurrar o suposto carro enguiçado, o mais baixo, parecia ser o que mandava, e, ao olhar maliciosamente para Tasaria, fazia com que toda sua intenção em nocautear o guarda se justificasse cada vez mais.
"- Obrigada, moço. Sinto que aqui não corro perigo algum." Olha com certa preocupação para o Theurge ao ver que o maior dos guardas armado o acompanharia. "- Já você, cuidado.

*Que não haja maiores problemas. Quanto mais rápido resolvermos, menos perdas.*

Aguarda então os dois se afastarem ao ponto de saírem de suas vistas para que tudo corresse sem que os dois desconfiassem. Enquanto se afastam, de forma discreta, como apenas curiosidade, dá uma olhada se ali haviam câmeras de segurança ou se dali eles tinham acesso à telas mostrando câmeras no perímetro.

A Lua Cheia olha em volta na guarita.

*Câmeras...*

Olhava em volta com certa curiosidade. Afinal, para o guarda, era apenas uma "princesa" indefesa. Observa então que das câmeras, haviam não apenas as que filmavam fora, mas também as que filmavam a própria guarita.

*Ah... Mas se eu vier um pouco mais pra cá, será...?*

Sim. Havia um ponto cego bem no centro da saleta. Tasaria abraçando os próprios braços, como que se protegendo de um pequeno frio, anda até o centro da guarita.

"- Nossa, moço... que bom que não estávamos longe."

A Peregrino realmente estava ferida. A última batalha havia deixado sequelas, e isso lhe deu uma idéia.

"- Acabei me machucando toda até chegarmos aqui..."

Começa a levantar a barra da calça, já meio rasgada pela batalha contra os esguios.

"- Pode dar uma olhada se tá muito feio?"

*Humanos... Seus machos são tão previsíveis...*

O guarda logo se aproxima e se baixa para ver e tocar a perna de Tahira. Em sua forma humana, era uma mulher muito bonita, e a bênção da Iara lhe tornara ainda mais exuberante. Ao abaixar do humano a sua frente deixando a nuca exposta, a Lua Cheia sorri.

Um golpe certeiro derruba o guarda, que atordoado, apenas leva as mãos ao pescoço e vai ao chão. Com um segundo golpe, sem maiores dificuldades, deixa ele desacordado no meio da saleta.

*Esta princesa já sabe o que fazer com você, pequenino...*

Se aproxima do humano, mas não sem antes dar uma olhada se Noodin já havia saído do alcance das câmeras que filmavam o lado de fora.

Forma atual: Hominídeo

Vendo que sua história tinha surtido resultado não sentia pena daquele humano asqueroso demonstrava o desejo do espírito fraco dos humanos enquanto conduzia  o brutamontes na direção da emboscada que os seus irmãos tinham preparado. Simulando estar envergonhado por ter que pedir ajuda com o suposto carro tentava manter uma conversa com um pequeno interesse por trás.

'- Trabalha a muito tempo nessa indústria Pedro? Parece um trabalho tranquilo.'

Com um sorriso desconcertado continuava posicionando o infeliz para o ataque dos irmãos em ponto distante da guarita da indústria.

Chuva aguardava nas sombras com Apuã. Atento, já ouve os passos de Noodin e o humano de longe. Parecia que o Wendigo tentava conversar com o guarda para distraí-lo. Ao se aproximarem o suficiente Apuã age mais rápido e aplica um golpe na nuca que desacorda completamente o segurança. Apenas de furioso com o aroma da Destruidora pairando por todos os lados, Chuva-do-Amanhã fica até um pouco aliviado que o golpe do irmão Puro tenha apenas desacordado o humano. Ele ajuda Apuã a leva-lo rapidamente a um lugar fora dos olhares de quem pudesse passar por ali. Enquanto ajuda a carregar o corpo desmaiado, pergunta:

"- E agora, irmão? O que faremos com ele?"

A Peregrino tira a roupa do guarda, utilizando-as para amarrar o pequeno tarado. Deixa-o de cuecas ainda, apesar de tudo.

*O que você tem aqui para me ajudar, pequenino...?*

A Peregrino encontra cartão de acesso, o revolver calibre 38, cacetete para patrulha, carteira e chaves que parecem ser de casa.

Começa a guardar consigo a arma, o cacetete e o cartão de acesso. Olha a carteira para ver se tem mais alguma coisa interessante para o avanço dentro da fábrica, mas não. Não havia dinheiro e os documentos do guarda não a interessavam nessa empreitada. Sem nada mais de importante para a missão, Tasaria apenas devolve a carteira para o bolso livre da calça junto com o molho de chaves da toca do humano.

Não havia escutado barulhos estranhos e eram 3 contra 1 guarda. Não haveriam de ter problemas para colocá-lo pra dormir. Olha pelas câmeras para tentar ver a aproximação de seus irmãos e pudessem ir adiante com o plano.

Forma atual: Hominídeo

O Theurge ouvia a resposta de Pedro quase com um traço de pena por lembrar que nem todos os humanos podem estar tocados por ela, mas apenas como crianças que não sabem do mal que não podem ver.

*Uma resposta inocente frente a garra do predador.*

Antes que pudesse responder Apuã acertava um golpe certeiro no guarda fazendo-o apagar e frente a indagação de Apuã o jovem Theurge respondia positivamente:

'- Ele não causou problemas e parece que vai dormir por um bom tempo, vamos esconde-lo naquele lixo, não vai cheirar bem, mas vai evitar que alguém faça coisa pior com ele ou que possa nos atrapalhar.'

Usando o sinto do guarda, Noodin prendia as suas mãos atrás das costas e usando uma das mangas do uniforme terminava por amordaçá-lo, ainda indicava para os irmãos pegarem o rádio e a arma que o guarda tivesse.

*Melhor não deixar esses brinquedinhos dele.*

'- Vamos ao encontro de Tasaria e entrar nessa monstruosidade.' - Por fim apenas aguardando por eles para retornar para onde estava a Peregrina.

FORMA: Glabro

Os dois Puros tratam de vasculhar as vestimentas humanas do guarda. Eles removem as armas dele, bem como um retângulo que continha a foto do homem e algo escrito. Então o amarram e o deixam próximo ao um lixo. O Portador se restringe a fazer o que é mandado em silêncio. A cidade não era seu campo de especialidade e apesar de achar que também não deveria ser o dos Puros, certamente como humanos saberiam melhor que ele mesmo.

Com a armadilha bem sucedida, Chuva-do-Amanhã caminha em prontidão junto com os dois ao encontro da Arhoun.

Os irmãos se aproximam. Parecem bem, como ela esperava.

"- Também tenho um cartão deste aqui. Se ainda for procurar algo, cuidado com seu rastro."

Do ponto cego da sala, Tasaria aponta para as câmeras.

"-... Mas por mim. A gente só vai em frente."

O Wendigo respondia demonstrando certa preocupação com tantos traços da Weaver e Wyrm que conseguia ver se manifestar no mundo físico.

'- Vamos tentar encontrar um caminho menos vigiado para evitar que tenhamos que esconder menos traços de nossa passagem e por fim destruir a atividade dessa fábrica.'

Por já estarem fisicamente além da barreira de fumaça o arrepio de não saber o que espreitava no plano Umbral o incomodava severamente.

'- Tentarei ver através da película para tentar identificar o que já nos obser..'

*AHHHHHHHHHHHHHHHHHH!*

A mera menção fazia o Wendigo levar as mãos aos olhos e segurar quase engasgando um grito contido de dor como se os olhos estivessem sendo furados por agulhas.

O Theurge estava cego momentaneamente, imaginando não ser definitivo e que desapareceria em algum tempo, mas, isso atrapalhava seus planos.

*Não conseguirei olhar através da película com essa dor, não consigo harmonizar os sentidos...*

'- A corruptora está especialmente empenhada em encobrir as suas armadilhas...' -  A voz do Wendigo era vacilante em função da dor que sentia.

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OFF:
Falha crítica: Cego por alguns minutos e impedido de olhar através da película por essa noite.

Noodin estava cego. Ao menos temporariamente. Até mesmo observar o mundo espiritual era um feito que não poderia ser executado sem consequências. Ao ouvir o pedido de Apuã, ele se limita apenas a confirmar com um aceno e começa a relaxar seus músculos. Com ambas as mãos ele junta os dedos indicadores e polegares enquanto fecha seus olhos. Depois de um breve momento ele os abre, agora com os olhos brancos.

"-... é como se tudo estivesse coberto por fumaça...." - diz Chuva-do-Amanhã.

Ele caminha alguns passos para um lado, depois para o outro, ainda com olhos brancos.

"- Desculpem irmãos, no mundo espiritual este local está completamente coberto por fumaça." Então ele fecha novamente os olhos, e agora quando os abre eles estão com sua tonalidade vermelha natural do albino.

OFF: 0 sucessos no teste de ver o mundo espiritual, gasto de 1 ponto de FV.

Noodin ao tentar ver através da película solta um grito de dor. A Lua Cheia logo se põe em prontidão, mas nao eram inimigos comuns.

*A própria película deste lugar tomado pela Wyrm já é um inimigo...*

Apuã então sugere sutilmente que o Phillodox tente... e nada é revelado.

*Se cega o Theurge e se esconde do Juiz, devemos nos apressar.*

"- A travessia já foi extremamente dificil e ainda não fizemos nada significativo pelo lado de cá. Se a fumaça era espessa o suficiente para Nil'Chi não querer contato e escolhermos avançar pelo mundo físico, precisamos fazer algo pelo lado de cá antes de conseguirem ver alguma coisa."

Tasaria vê a movimentação ao longe. Passa o braço pelo de Vento Cego que Escolhe ser Lobo para guiá-lo.

"- Só podemos caminhar uma estrada por vez. Olhar para a que deixamos para trás, neste momento, nos impede de avançar."

Sua voz vem em tom mais baixo para que não chamasse a atenção, mas ainda que seus irmãos pudessem lhe escutar.

"- Eu vou com ele a frente. Se alguém que esbarrar em uma mulher guiando um cego resolver ser agressivo, eu dou conta. Chuva do Amanhã, se for um corrompido, dê o sinal, assim não precisarei me conter."

Pega em seu bolso o cartão do segurança e passa liberando a entrada na porta. Olha para Apuã.

"- Se eu tiver de entrar em combate, guiem ele. Vamos dar a volta pelo galpão mais próximo e tentar surpreender quem quer que esteja vindo pelo galpão mais distante. Se no caminho acharmos como entrar ainda mais, tentamos fazer isso cair de dentro para fora."

Tasaria olha com cuidado a entrada de onde os barulhos vinham para que não fossem vistos e avança para dentro da fábrica em direção ao galpão mais próximo guiando Noodin.

"- Com cuidado, agora..." - fala baixo para o Wendigo - "- Quanto menos barulho, melhor."

Forma atual: Hominídeo

Noodin não conseguia ver nada, mas ao menos ouvia os seus companheiros e mesmo se esforçando não conseguia identificar nenhum som que lhe chama-se atenção, talvez por ainda estar lidando com a dor que causou a perda momentânea de sua visão.

*O que o Juiz fala faz sentido, não conseguiremos nenhuma vantagem nesse terro... está tudo contra nós.*

'- Logo minha visão deve retornar e será menos um obstáculo.' - Falava ainda com sofrimento na voz.

Concordando com as indagações do grupo, Noodin se colocava a avançar com a Peregrina tentando não fazer barulho, mesmo com o obstáculo da sua falta de visão e para sua surpresa parecia fazer a ação com êxito mínimo.


OFF:
Furtividade: 2 sucessos
Escutar: 0 sucessos.