Ruas da Zona Oeste

As vezes as coisas simplesmente tinham que dar certo e Akin acreditava nessa força do acaso. Ele falava com o Theurge dos Roedores de Ossos, alguém que ele tinha uma gama de motivos para crer que seria de benefício mútuo a construção de uma relação, mas o peixe fisgado era inesperado. Positivamente inesperado.

Akin sorri para trocando um olhar de agradecimento pelo retrovisor com a Peregrino Silencioso e dizendo à mesma, com educação:

'- Muito agradecido.' 

Espera para ver se alguém ia ter alguma dúvida, ele mesmo não tinha nenhuma. Ao menos nenhuma que fosse tirar em um carro com público e com desconhecidos não unidos pelos laços tribais.

*Ajuda gratuita e, em boa hora. Os ventos da boa sorte parecem soprar a nosso favor.* - reflete.

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Enquanto iam de carro pela cidade, a Peregrina rapidamente se dispõe a performar o Ritual de dedicação ao Talismã, o que o Roedor de ossos gostaria muito de aprender, mas, não iria ali pedir a ajuda de uma filha da coruja, não ali, não daquela maneira..

*Depois a desgraça vem me cobrar eu to é fodido..*

..Morlock tinha muitas, muitas dúvidas, mas, também não seria ali, ou dela, que perguntaria, e, ajeitando-se de maneira mais aconchegante, tira um velho rádio de dentro dos trapos, ajusta seu volume, encosta-o no ouvido..

*Escutarei da cidade pela própria cidade..*

.. E, fica a escutar a miríade de sons espirituais emitidos por aquela enorme cidade enquanto à atravessava.

Em algum tempo as matilhas chegam em uma área industrial e param a alguns quarteirões da Boate Veneno.

A líder da Olhos de Luna deseja boa sorte na empreitada, o que é retribuído pela Presas de Prata.

'- Boa sorte, Jenny.'

As filhas do Coiote então partem para umbra deixando o simpático Filho de Gaia para dar assistência ao grupo liderado pela Lua Cheia.

Sophia tia sorri com o entusiasmo do início de uma caçada e responde:

'- Bem, agora os nossos batedores vão fazer o que fazem de melhor. Akin, faça o perímetro e posicione seus homens para impedir qualquer fuga de carregamento. Sarah, procure uma entrada alternativa para nós. Ao encontrar nos informe por mensagem. Iremos nos posicionar próximos. Depois você e Akin farão o reconhecimento interno e nos passarão informação para que o resto de nós entre dando cabo das ameaças existentes.'

Ela então olha pra Morlock e fala:

'- Eu não sou muito versada no mundo dos espíritos, mas se conseguir algum pacto que nos faça entrar mais furtivamente para não sermos pegos por câmeras ou desprevenidos ou pra aumentar as capacidades combativas da Matilha eu serei grata.'

Volta então a tratar com todos:

'- Vamos trocar contatos e colocar nossos números como número de emergência. Assim basta apertar um botão e a gente vai saber que deu merda.'

Termina de falar e já vai perguntando os telefones e anotando na sua agenda.

Todos que possuem um telefone trocam contatos, incluinda Bernardo, o philodox Filho de Gaia.

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Após chegarem ao referido local, Morlock vê com bons olhos a naturalidade e velocidade com a qual a outra matilha delega as funções e seguem para sua parte na missão, deixando com eles um filho de gaia, e, assim como todo mundo cospe nos roedores, todo mundo gosta dos filhos de gaia, bem, talvez não todo mundo, mas, quem não gosta deles não gosta muito de muita coisa..

*Carái véi, será que eu descolo um telefone desses?*

Olhando como se testemunhasse uma convenção de picolés tablito, Morlock apenas dá de ombros e olha com cobiça aos celulares..

"-Beleza Chefia, xá comigo.."

E, mudando o foco daquela opressão digital à sua frente, os olhos do Roedor adquirem o vítreo enquanto este observa a umbra, não havendo nesta nada que saltasse aos olhos ou fosse digno de nota..

*Ou a primeira leva já assustou o que tinha, ou, aquilo que reside lá dentro afasta o que está la fora..*

.. tendo isto em mente, Morlock conclui sozinho a travessia.

OFF: Continua na Umbra


"-Beleza chefia"

'- Boa sorte good vibes!' - se limita a desejar, com sinceridade, Akin. A irmã de tribo havia lhe conquistado alguma simpatia, coisa que Sophia ainda estava um pouco distante.

O jovem negro tinha pé atrás com a realeza e se identificava muito mais com o Roedor de Ossos de seu grupo do que com qualquer outro. Iria inclusive respondê-lo sobre o transporte, se não tivessem sido mais rápidos. 

Quando chegam nas imediações do local, as instruções são dadas. Akin envia mensagem de texto para seu primo informando que iriam começar a agir, pedindo para que seus homens se colocassem nas principais rotas de fuga, prontos para bloquear as rotas de fuga assim que ele desse o sinal. 

O Lua Nova assume a forma Glabro, pega sua arma e deixa ela a postos no coldre interno do paletó e fala:

'- Já avisei a meus homens, irei verificar o perímetro.'

Akin não era mestre da infiltração, sua especialidade não era tão previsível, mas era óbvio que a Presas de Prata pouco se preocupava com isso. Tentando ser o mais discreto possível, o Ragabash busca se inserir no perímetro do alvo, buscando notar as movimentações do inimigo e a melhor forma do grupo se aproximar para o ataque.

OFF GAME: 1 de Fúria para assumir a Forma Glabro e solicito teste de Furtividade para avaliação do perímetro.

Sarah acena com a cabeça para Sophitia e então sua imagem começa a mudar, ficando um pouco mais confusa, como se estivesse fora de foco. Ela então sai sem fazer um barulho.

Seguindo o que já tinha aprendido nas ruas e tendo cuidado para não ser vista, a Fúria-Negra começa a observar em volta do lugar, procurando entradas e perigos que cada uma delas podia ter. Procurava também se havia alguém tomando conta do lugar por onde passava. Mas seu objetivo era encontrar as entradas mais seguras daquele local.

OFF: 
2 sucessos Embaçamento da própria forma (1 fdv)
3 sucessos Dex + Furtividade
3 sucessos Percepção + Manha

Sarah volta para a matilha, por hábito olha mais uma vez em volta e então fala para Sophitia:

" - Achei três entradas que parecem interessantes: Uma janela no segundo andar que dá para um beco, tem uma caçamba de lixo que a gente pode usar para se apoiar. Um entrada de serviço nos fundos que dá pra cozinha e um bueiro grande."


Ela prossegue:

" - Não parece ter ninguém guardando os fundos, pelo menos não vi ninguém. A tampa do bueiro parece mais nova que os outros, sinal de que foi mexida recentemente."


Com o relatório passado, deixava para a Presa-de-Prata decidir, afinal, o teste era dela.

Avaliar o perímetro podia ser uma tarefa simples, mas nem sempre tudo dava certo. Akin analisava a entrada da boate e a disposição da segurança local tentando não chamar atenção, mas uma poça d'agua gelada acaba com seus planos, molhando boa parte de suas calças e encharcando seus caros sapatos.


*Maldição! Só pode ser praga de gente branca!* - pensa, irritado.

O Ragabash, no entanto, não perde a elegância. Como se ajustasse as barras molhadas de sua calça, passa um olhar atento à situação antes de voltar irritado e tentando ser o mais discreto possível - se é que ainda era possível isso.

Ao chegar, com cara de poucos amigos, informa a seus pares:


'- Eles tem um forte esquema de segurança na entrada. Vários seguranças, dois na entrada junto com um homem estranho e uma mulher que parece lidar com os clientes. Também tem seguranças na esquina, esses de tocaia no perímetro. Acredito que fui avistado, mas acredito não ter chamado atenção ao ponto de deixá-los mais alertas do que já estavam.'

Dado algum tempo os Ragabash retornam com as devidas notícias. Não eram excelentes notícias, mas eram tão boas quanto se podia esperar. A Presas de Prata reflete por um momento e fala:

'- Acho que devemos ir pelos esgotos. Se for uma rota de fuga alternativa para os mandantes lá de dentro, a gente já obstrui, fora que devemos conseguir chegar já mais no centro das operações. Além disso, acho que é mais fácil posicionar os homens de Akin nas outras saídas. Vamos esperar Morlock e partimos.'

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Retornando rapidamente, afinal já saíra a algum tempo, ao ponto de onde estavam os demais, Morlock encontra todos já reunidos, e, com seu típico sorriso amarelo aborda a todos.

“-Tá feito Rapêize, a Francesinha vai desativar as câmeras e todos os outros sistemas de segurança pra gente.. agora.. to as ordens chefia..”

*Tomara que ninguém fale francês..*

Mal Sophitia acaba de falar, Morlock retorna com boas notícias.

'- Arrasou!

Da dois tapinhas no ombro do roedor e diz:

'- Então, repassando: Sarah encontrou 3 possíveis entradas. Uma pela entrada de serviços. 1 pela janela do segundo andar que dá em um beco e 1 pelos esgotos. Eu acho melhor irmos pelos esgotos. Se for uma rota de fuga alternativa para os mandantes lá de dentro, a gente já obstrui, fora que devemos conseguir chegar já mais no centro das operações. Além disso, acho que é mais fácil posicionar os homens de Akin nas outras saídas e ruas para impedir que um carregamento da droga saia.'

Ela olha para o grupo e fala:

'- Se não tiverem nada contra, podemos partir.'

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*Acúma?*

Uma PRESAS DE PRATA LEITOSA perguntando a um ROEDOR se ele estava "OK" em eles irem pelos esgotos..

*Tá tudo errado nesse mundo mesmo..*

"-Por mim tá ótimo" - Fala ainda bem humorado.

"-Assim, eu sou amigo do povo Rato, mas, eles não tão mto felizes ou são mto amigáveis por aqui não, aparentemente tem uns sanguessugas tão feios nos esgotos que me fazem parecer um modelo daquela marca de cueca do povo rico e sarado.. mas, não sei se os filhote do sete pele estariam por lá, e, se tiverem, temos de desentupir a bagaça né?"

Akin escutava os dizeres e comenta com a Presas de Prata após as pertinentes colocações do Roedor de Ossos cujas habilidades e conexões cada vez mais interessavam ao Filho da Barata:


'- Se existe perigo nos esgotos, como diz nosso irmão Roedor de Ossos, eu e Sarah devemos descer e seguir na frente para avaliar o perímetro e avisar ao grupo de trás caso encontremos problemas, fazendo com que surpreendamos àqueles que tentarem nos surpreender.' - comenta Akin.

Viver em risco era uma rotina para os Ragabash e não incomodava em nada Akin. O Lua Nova não conhecia ainda a fundo as capacidades furtivas de Sarah, mas não a menosprezava, sabendo ele mesmo que as suas não eram lá brilhantes. 

Apesar de estar super bem vestido, Akin não parecia ter problemas em descer nos esgotos, tirando apenas seu sapato e dobrando as barras de sua calça para descer e realizar a tarefa. Na pior das opções, tinha uma muda de roupa reserva na maleta que ficara no veículo que os trouxera.

*Bem vestido, sempre. Fresco, jamais.*

Sophitia escuta as interessantes colocações do Roedor assim como as ponderações de Akin.

*Homens rato e vampiros horríveis... Que cidadezinha peculiar hahaha.*

Ela absorve aquelas informações e balança a cabeça de forma afirmativa.

'- Obrigada, Morlock. Akin, você está certo. Você e Sarah vão na frente, nós estaremos na retaguarda prontos a seguir as orientações de vocês.'

Morlock comenta sobre o Povo Rato que aparentemente vivia naqueles esgotos e Akin sugere a melhor estratégia, Sarah concorda e comenta com o Andarilho:

" - De acordo! Black Soul, só não deixa de avisar pro seu pessoal sobre a janela do segundo andar e a saída da cozinha, assim não deixamos sobreviventes."


Sarah se concentra alguns segundos e faz surgir em sua mão um arco que parecia ter o formato da lua. Confere a aljava de flechas que carregava na cintura. Estava tudo ali e finaliza:


" - Eu to pronta, vamos então. Tentem não fazer barulho."


Sarah começava a andar em direção à tampa do bueiro que tinha encontrado para que os outros a seguissem. Olhava em volta para checar se alguém não tinha surgido nesse tempo que ficaram conversando.


Off: Ativo Arco de Artémis.

Sarah se agacha próximo à tampo do bueiro e analisa. Informa então à sua matilha:

" - Tá trancado por dentro, mas deixa comigo."


A Ragabash então coloca sua mão em cima da tampa e então a tranca se abre. Ela então levanta a tampa e finaliza:


" - Agora sim, vamos!"


E começa a entrar no bueiro.

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Quando se deparam com a SURPRESA do Bueiro fechado, o Roedor já se preparava para um espetáculo grotesco que talvez até a Presas de Prata engolidêira iria engúiar..

*Mas olha...*

..Porém a fúria do gueto rapidamente destranca a tampa, levantando-a e seguindo, o Theurge esperaria os Ragabashs irem na frente enquanto seguia-os até embaixo.

"-Acho melhor vocês ligarem as lanternas desses seus celulares ai, lá embaixo não costuma ter muita luz.. quáis sempre só umas luz de baliza.."

A tampa do bueiro estava fechada, mas rapidamente Sarah resolve a questão com um de seus dons.

*Muito útil...*

Sophitia observa Sarah descer e aguarda a ida de Akin para ir em seguida aproveitando esse tempo para ativar o dom da Benção da Arte dos Macacos.

off: Sophitia gastou 1 de gnose e obteve 3 sucessos na ativação do Dom.