A Penumbra - Mundo Espiritual

Novamente Vento-que-Escolher-ser-Lobo estava no plano espiritual que causava tantas sensações, quase como se pertencesse aquele local as vezes mais do que ao mundo físico.

*É como sempre estar em casa.*

A manifestação espiritual do Garou emanava de seu corpo na forma da neblina que atravessa as montanhas mais altas e causava pequenas ilusões de ótica.

Esperando a travessia dos outros observava os espíritos do vento que vinham os recepcionar.

Depois de um breve momento, o hispo albino adentra com cuidado a película e acompanha Noodin ao mundo dos espíritos.

Ele se posiciona então alguns passos atrás do Wendigo e aguarda o primeiro contato com os espíritos locais.

Quando chegaram no topo do pico, o vento dança com os pelos dos lupinos. Vento que Escolhe ser Lobo demonstra uma familiaridade com o lugar que chega a doer um pouco no coração de Tasaria. Apesar do acalentar que o Palácio do Faraó lhe trazia, o sorriso de chegar a um lugar em que se sente pertencer era algo que para os seus permanecia como a busca de uma vida

Volta a sua forma racial quando o Wendigo assim o faz e o semblante sério e solene da Peregrina se apresenta de forma clara. O Theurge parecia fazer uma pequena oferenda antes da passagem e a Lua Cheia observa com curiosidade o cuidado despendido durante todo o processo.

Após Noodin dizer que poderiam, segue com os outros atravessando para a Umbra sendo a última a fazer a travessia.

Do outro lado da película vários espíritos se fazem presentes e a Romani passa a mão pela cabeça em um primeiro reflexo para domar os cabelos que eram levados de um lado a outro na dança que agora via ser dos espíritos.

*Não... estamos em seu lar.*

Solta seus cabelos e começa a cantarolar baixinho uma canção Romani.
Djelem Djelem

Observa seus irmãos e repara em um espírito que passa a circundar o Wendigo.

O Wendigo olhava a movimentação na Umbra e sentia o estímulo do vento que soprava com intensidade enquanto os espíritos eram novamente atraídos a prestarem atenção a ele entre eles a sua amiga Nil'chi que começava a circundá-lo.

'-Olá boa amiga.' Estendia a mão direção de Nil'chi enquanto era pego pela agradável surpresa do cantarolar que vinha de Tasaria.

*Não sabia que os filhos da coruja tinham tradições musicais como os povos nativos... que língua será essa?*

Com todos os companheiros já na Umbra Noodin clamava pelos espíritos do vento daquele local demonstrando respeito e vibração em suas palavras:

'- Poderoso Vento e seus filhos venho a sua presença pedir por sua sabedoria para que na companhia de meus irmãos possamos atender a vontade dos anciões dessa seita e alcançar a glória com seu auxílio.'

‘- Peço que nos indiquem o caminho para que enfrentemos as criaturas  da Wyrm que estejam próximos desse Caern retornando com contos de vitória que serão narrados por mim e pelo irmão Uktena para nossos anciões demonstrando o nosso empenho em defender a grande mãe.

Noodin aguardava a resposta dos espíritos para continuar.

A inquietação dos espíritos demonstrava que sabiam de alguma coisa e aparentemente tentavam entrar em consenso até que começam a agir em conjunto e um espírito de uma grande Arara Azul que fala através da linguagem dos espíritos com com Noodin.

*Local tomado pela Weaver e Wyrm que cospe veneno nos céus. Hmmm... talvez uma fábrica.*

Falando na linguagem dos espíritos o Wendigo agradecia a seus espíritos irmãos antes de falar com seus companheiros.

‘- Obrigado espíritos irmãos por indicarem o caminho em nossa tarefa. Comunicarei a meus irmãos de matilha de sua ajuda.’ – Demonstrando uma postura sempre de respeito enquanto falava.

Afastava-se um pouco para os irmãos de matilha e comunicava o resultado da conversa.

‘- Os espíritos do vento decidiram por indicar um local tomado pela Weaver e a Wyrm que dizem ser uma terrível criatura que cospe veneno nos céus e na terra onde terríveis malditos fazem morada.’

‘- O ventoque sopra mostra o caminho que devemos tomar. Podemos seguir pela Umbra a menos que tenham alguma outra ideia.’  -Noodin permanecia em sua forma hominídea utilizando seus cabelos como artifício de indicação da direção que seguiriam.

*O lobo pode ser mais útil para termos velocidade e nesse momento de rastrear.*

Aguardava se os companheiros tinham algo a dizer.

HISPO

Chuva do Amanhã observa em silêncio enquanto Noodin conversa com os pássaros do vento. Seus aliados respondem o Wendigo na língua dos espíritos. Chuva ouve tudo com atenção. "Obrigado mestra".

Ao terminar a explicação, o Portador segue Noodin e Apuã em suas reverências cordiais aos pássaros. Um vento forte nos guia na direção correta.

Então Noodin explica o que acabou de ouvir aos demais. Chuva concorda com um aceno com as idéias dele e, em seguida, concorda novamente com a colocação de Apuã.

Quando ele termina, Chuva fala:

"-... que cospe veneno no céu e na terra... muito bem. Que assim seja, irmãos. Fui treinado como um corredor. Um Mensageiro do Ecstasy. Corro na terra e nas estrelas. Meus olhos conseguem ver o que as estrelas me mostram. "

"- Se necessário entrarmos em combate meus irmãos, posso por em ação as estratégias de combate Kailindorani, a arte de mudar de forma como o vento. Também sou capa de invocar os 4 elementos. O fogo normalmente é bastante eficiente."

Chuva então se dirige a Tasaria.

"- Caso queiram montar uma estratégia, tenho uma manobra que atrapalha os oponentes e facilita nossas investidas. Posso demonstrar se for necessário. "

Olha de volta para Noodin, continua: "-Também fui treinado nos jogos mentais dos sábios Philodox de minha tribo. Consigo distinguir fatos e ficções."

Com essas palavra, Chuva do Amanhã encerra sua fala e aguarda a decisão dos Puros.

Noodin pergunta aos espíritos, que por um instante inquietam-se misturando-se de todos os lugares e após isso, numa corrente que parece ter um consenso soprando numa só direção. O espírito de uma imponente e belíssima Arara Azul lhe sopra as notícias e Vento que Escolhe ser Lobo trás uma sugestão de como poderiam chegar à este lugar, que cospe veneno.

*Malditos fizeram morada. Este lugar que sangra Gaia com seu veneno pode ser uma fábrica.*

Apuã pergunta das habilidades dos irmãos. Instintivamente olha para o Philodox adivinho, afinal, ele falara de todos, mas dele mesmo, muito pouco. Escuta com atenção e respeito, e logo após ela mesma fala um pouco de si.

"- Posso sentir as forças da que destrói quando chegarmos ao lugar se assim se fizer necessário além do que nossos olhos. Meus pés são de Peregrino, ágeis e me permitem chegar mais rápido e mais longe quando assim é preciso. Posso chegar de forma a não ser vista pois como filha da Coruja, o manto da noite protege meu avanço, meu ataque é rápido, certeiro e minhas garras implacáveis. Posso ser a frente de ataque se assim for decidido, e se precisar, lutarei até o fim sem fraquejar."

Tasaria olha na direção que o vento aponta e vê o caminho indicado pelo espírito que irá guiar aquela empreitada.

Forma atual: Hispo

Noodin concordava com o Uktena estando combinados que seguiriam pela Umbra e a seguir ouvia as palavras da Peregrina e o Portador que explicavam as habilidades que poderiam utilizar naquela investida deixando o Wendigo ainda mais animado com a caçada e apenas comentava rapidamente:

*Quase todos parecem saber a língua dos espíritos... muita afinidade espiritual.*

'- Minhas habilidades são essas que puderam presenciar além do aspecto ritualístico que minha lua carrega e explicar além disso apenas tomaria ainda mais do nosso tempo de caçada, mas acho que temos muita chance de voltar com grandes histórias.'

Vendo o a reação do espírito Noodin não queria alongar a conversa para que pudessem iniciar a caçada.

‘- Vamos iniciar a nossa corrida que Gaia e o grande Wendigo estejam do nosso lado.’

Despedindo-se da ninhada do vento que permaneceria do local olhava por um momento para seu espírito irmão e comentava:

‘- Nobre amiga me acompanhe e compartilhemos o campo de batalha.’

O Theurge mudava para forma do lobo primitivo fazendo com que a forma de quatro patas fizesse com que a sua herança espiritual deixa-se a névoa tomar um aspecto fantasmagórico quase como se estivesse rompendo uma película enquanto se movimentar.

Após a mudança movia a cabeça indicando que começassem a corrida iniciando da mesma maneira.

Tasaria escuta a animação crescendo na voz de Apuã.

*Isso é bom, filho de Uktena. Mantenha essa determinação. Lider ou não, precisamos de uma matilha disposta a fazer o que precisa ser feito, sem melindres.*

Um sorriso abre nos lábios da Peregrina, que agradece com uma expressão satisfeita e, à pergunta do Galliard ao Impuro se atenta na resposta. Seria importante o entrosamento do grupo para o máximo da efetividade mesmo com tão pouco tempo, mas Noodin parece ter uma ideia melhor.

"- Sim. A jornada não começará enquanto não dermos o primeiro passo."

Ela então vai para as quatro enormes patas num um esguio lobo primitivo, assim como os irmãos.

"- Que a sabedoria da Coruja também esteja conosco."

Segue então com o grupo, deixando os dois que competiriam correrem à frente.

Observando que seus companheiros mudam de forma para a que ele está, chuva apenas se prepara pra seguir correndo proximo de Noodin.

O hispo albino é fino, até mesmo para os padrões de um esguio Ragabash. Mas quando começa a correr, fica a impressão que seus ossos são ocos.

Forma atual: Hispo

Correr pelas nuvens acrescentava grande prazer ao Theurge que fazia aquele tipo de deslocamento pela primeira vez e a neblina que impedia a visão do caminho pelo grupo particularmente causava conforto a Noodin.

Quando percebeu que estavam correndo sob o asfalto o Wendigo já esboçava uma passada mais cautelosa especialmente quando visualizava a criatura descrita pelo espírito da Arara e percebendo os sinais da Weaver intensificando-se demonstrando incomodo com aquele cheiro que conseguia vencer a ventania que os acompanhava.

*Como pensei... cheiro forte de fumaça... será carvão?*

O galpão chamava atenção do grupo e o Theurge tentava imaginar o que aquela imagem Umbral representava no mundo físico, mas talvez pelo desconhecimento dos típicos prédios que circundam as fábricas naquele país estranhava que aquele tipo de construção não estar dentro dos limites da fábrica enquanto ouvia os questionamentos de Apuã, respondendo a seguir na linguagem Garou:

‘- Vou olhar através da película o que se passa no mundo físico.’ – Os olhos do Hispo ficavam brancos enquanto olhava para o galpão.

*slum?*

Após algum tempo observando comentava com o grupo:

‘- Humanos estão morando nesse galpão. A vibração que sai dai é ruim, mas não sei identificar exatamente o que está causando.’

*Como os brancos conseguem conviver com a corrupção dessa forma?*

O Theurge concordava com o Uktena para que começassem por lá mas demonstrava cautela na movimentação.

'- Aqui é um bom local para começar, mas teremos que entrar para descobrir o que está causando essa vibração' Parecia refletir por um segundo. '-Tassaria pode pegar a dianteira, pela benção de luna é a mais capaz para guerra e isso nos dará liberdade para utilizar os flancos ou outras manobras de combate que ela possa identificar.’ – Aguardava a resposta do grupo.

Chuva do Amanhã adentra a névoa que os guia a uma parte da cidade dominada pela Weaver. Ele fica fascinado com as faíscas e pequenos seres aracnídeos se movimentando de forma caótica nas árvores de concreto e energia. Não era a primeira vez que as via, mas a paisagem sempre surpreendia.

*É como se a natureza fosse atacada por um simbionte alienígena. Preciso me acostumar com isso. Do exótico ao familiar.*

Ao ouvir primeiro Apuã e em seguida Noodin, Chuva comenta:
"- Se formos fazer o perímetro longo, sugiro dividirmos em 2 equipes e cada uma segue por um lado. Nos encontramos exatamente do outro lado deste edifício, cada um com uma visão do todo. Assim reduzimos o tempo de tocaia."

A densidade não mostra o fim da estrada de nuvens, mas o destino estava traçado.

*Há apenas o caminho.*

A maciez foi sendo substituida pela dureza do asfalto e uma fábrica é vista por todos. As sombras de canto de olho lhe remetem à visão quando chegou no Caern, então sua atenção segue redobrada. Apuã reforça esse sentimento com um pequeno alerta sobre os barulhos à esquerda e Noodin decide por olhar através da película. Chuva do amanhã sugere duas frentes, mas Tasaria tinha uma ideia melhor.

"Se a ideia é reduzir o tempo para a tocaia..."

Seus olhos tomam um tom âmbar, como se o próprio deserto escaldante estivesse transbordando de seu espirito Peregrino em uma onda a seu redor que se espalha como uma represa rompida. Começa a olhar em volta buscando focos naquele ambiente já hostil. Suas narinas puxam o ar não em tensão, mas em pura concentração. Sua pata cisca o chão e começa a rosnar na direção a uma ilha de calor distorcido e aponta com o focinho para o galpão.

"Naquela direção, há uma forte manifestação da destruidora. Posso ser a frente de ataque quando nos depararmos com os inimigos e ir adiante enquanto vocês preparam o que precisarem para se juntar ao ataque."

Forma atual: Hispo

Com os argumentos apresentados Noodin não gostava a ideia de dividir o grupo que já era bem pequeno e comentava com Chuva-do-Amanhã.

'- Melhor não dividirmos, leva mais tempo para rastrear todo local, mas ganhamos mais segurança em formação.'

A Peregrina usava as suas habilidades que eram identificadas pelo Theurge que demonstrava receptividade as palavras de Tasaria lembrando ter muito à trabalhar afim de atender ao seu papel.

*Realmente a Peregrina tem muita versatilidade nas ações.*

Com pequenas modificações do que o Wendigo havia originalmente sugerido Apuã fazia um esboço da formação, mas que não mudava ao ponto de alterar a sua concordância.

'- Certo. Vamos lá.'