D-Edge - Toca da Raposa (Barra Funda)

Sarah seguia junto com seu grupo e ao entrar na sala de reuniões, por instinto, já analisa alguma rota de fuga, para alguma necessidade.

Não se faz de rogada, pega uma maça, cheira e a come. Se vira para Morlock e pergunta  de uma forma despretensiosa enquanto esperavam:

" - Morlock, porque você tava ouvindo esse chiado no rádio?"

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*Korolho maluco..*

É o único pensamento ao adentrar na imponente construção..

Sempre ligado à própria cidade, Morlock sabia quais marcos do Rio de Janeiro eram dignos de reconhecimento por sua imponência urbana, porém aquela cidade parecia que possuia colossos arquitetônicos em cada esquina e pulsava eletricidade.

Tão logo são deixados à sós, os olhos do Roedor brilham para a mesa, e, enquanto colocava uma dose de Whisky dentro do café, já separava um copo d'agua e começava a guardar algumas frutas nos bolsos é interpelado pela Furia Negra.

"-Opa Sarah, no meio daquela zuada toda, vez por outra se escuta um pouquinho da cidade, e, é bem por ai que eu sou útil, eu sou um ótimo escutador.." - Ele tenta dar um sorriso amarelo, mas, novamente, o que parecia ser uma máxima quando tentava sorrir, o Roedor é acometido por uma risada de tuberculoso.

*Um dia eu ainda vou vir aqui só pra beber e dançar hahahah* - Pensava de forma divertida a Ahroun que seguia com Flor do Deserto até a sala de Reunião.

A Peregrina parte para buscar os demais e, sem cerimônias, a Presas de Prata se serve de uma dose de uísque. Escuta a pergunta da Fúria e se mostra intrigada pela resposta do Roedor.

'- Isso pode ser bem útil, Morlock.' - Comenta enquanto se senta em uma das cadeiras disponíveis.

'- E por falar nisso, me digam meus irmãos, em que áreas e habilidades vocês se destacam e onde precisam melhorar? Gostaria de saber disso para podermos otimizar uma estratégia. Também fico à disposição para responder o que vocês quiserem saber.'

O Roedor começa a escutar estática em seu rádio, algo que naturalmente chama a atenção do Andarilho após a troca de olhares gentis com Flor-do-Deserto. O que não era gentil, no entanto, era o gesto da Peregrino em aumentar o som enquanto o Roedor se perdia em seus ruídos.


*Velhos hábitos que não levam a lugar nenhum, porém nunca mudam...* - pensa, ligando o aumentar do som com uma provocação por parte da Filha da Coruja para com o Roedor de Ossos. 

O Lua Nova chega junto com o grupo no que aprece ser um clube e, junto com os mesmos vai até a sala de reuniões. 

A Fúria Negra pergunta o porquê das ações do Roedor de Osso e a resposta é captada pelo Andarilho do Asfalto que percebe ali uma chance.


'- Bom em escutar... a gente precisa trocar uma ideia depois que essa correria passar.' - comenta sorridente, Akin.

Sophia também faz um comentário e, naturalmente que a princesa branca queria saber como poderia ser servida. Akin apenas comenta:


'- Bom, eu sou furtivo, tenho uma boa mira, sou bom de papo e tenho uma milícia armada de quase 30 homens sob meu comando. Sou um filho da Barata, mas estou longe de ser um às da computação, sou alguém que sabe se mover bem por dentro das estruturas da sociedade dos humanos.' - responde à pratricinha russa.

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Sem se fazer de rogado, o Roedor continua a comer e a guardar toda e qualquer quantidade de comida que pudesse vir a carregar, dentro, ou fora do corpo, afinal, o que ele não consumisse, iria deixar como agradecimento aos filhos do rato e limita-se a sorrir para a presa de prata.

Quando percebe que o andarilho havia se interessado, ele rapidamente responde.

"-Tamo junto irmãozin, só chamar que eu colo!"

E, após este falar sobre a extensa lista de habilidades o Impuro coça a cabeça pensando..

*Caralho, eu sou bom em nada...*

"-Aê Vivara, no combate eu sirvo melhor como zero meia, posso curar vocês, encobrir vocês dos olhos dos outros, fora isso, macumbaria e informação espiritual é comigo mesmo, em especial com espíritos mais urbanos.. Ah.. também sou bom em entrar e sair de lugares meio impossíveis hehehehee, fora isso, consigo sentir o cheiro de Wyrm de longe.."

Sarah escutava a explicação do Roedor. A visão que tinha da weaver era exatamente essa: estática.

Escuta cada um comentando sobre seus pontos fortes e fracos e então comenta:

" - Sou versada na arte da arqueria e tenho alguns fetiches que me ajudam com isso. Se precisar de uma caçadora que ataca das sombras e à distância, pode contar comigo."


Volta sua entonação e trejeito para mais tranquila e continua:


" - Sou cria da favela, acabei criando meus contatos com o pessoal do crime, policiais e da mídia mortal também. Meu campo, apoia mulheres que necessitam desse tipo de apoio no mundo mortal. Se precisar de informação, também posso ajudar com isso."

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Ante a resposta da Furia negra o Roedor apenas pensa.

*Ta tudo errado nessa babilônia, é nego Rico, é Presa de Prata simpática, é Furia Negra Favelada... eu sou o único normal aqui...*

E, Come mais uma banana, com a peculiar maneira de comê-la da maneira longitudinal, como se comesse um milho.

Seus irmãos se manifestam e cada qual tinha uma história e habilidades extremamente distintas e aquilo agradava à Presas de Prata. Quando a Fúria acaba de falar, Sophitia pontua se dirigindo a todos.

'- Excelente. Todos possuem habilidades notáveis que serão úteis não só nesta missão, mas também para os próximos desafios que essa Matilha virá enfrentar.'

Ela faz um breve gesto afirmativo com a cabeça em sinal de reconhecimento aos seus e continua.

'- Eu sou uma mestre no combate desarmado e implacável no combate com armas. Sou bem versada em estratégias militares e em liderança de grupos. Acredito que a maior força da matilha é a própria matilha e que um bom líder sabe a hora de se calar para escutar o augúrio pertinente em cada situação e seguir, com bom senso, o conselho recebido. Por isso, não estranhem se eu deixar determinada parte de uma missão a cargo de um de vocês. Eu, claro, continuarei responsável em caso de uma improvável falha, mas quero contar com a dedicação e competência de vocês para que tudo saia como devido.'

Logo quando a Presas de Prata termina de falar a Olhos de Luna entra pela porta da sala. Sophitia sorri e, depois que Good Vibes faz as devidas apresentações, responde a Galliard:

'- O prazer é meu, Good Vibes. Bom rever todos vocês.'

Ela cumprimenta os outros com um menear de cabeça e aproveita para apresentar a Akin, Sarah e Morlock formalmente. Depois das devidas apresentações ela prossegue.

'- Eu e meus irmãos estamos competindo pela liderança da nova matilha que irá se formar. Temos que derrotar um servo ou servos da Wyrm e seremos julgados pelo que e por como nós derrotaremos. Daí eu pensei em oferecer a nossa força a vocês para que juntos a gente possa dar um ataque fulminante em alguma operação mais complexa que vocês estejam envolvidos e que precisasse de mais Garous.'

O Andarilho escuta o relato do Roedor, da Fúria Negra e por fim da Presas de Prata. Evita tecer julgamentos morais sobre o que parecia atípico, pois não era seu papel julgar, e fica satisfeito ao ver que suas habilidades pareciam casar com as da Fúria Negra.

*Isso pode render bons frutos ou grandes problemas...*

O comentário da Lua Nova filha da Pégasus surpreende quando toca no ponto mídia. Não esperava mesmo que alguém fora de sua tribo ciscasse por esse terreiro, mas não a via como um problema a seus planos. Pelo menos, não ainda.

O Roedor novamente mostra-se alguém interessante com quem Akin queria estabelecer conexões e com quem o Ragabash dos Andarilho troca um olhar cúmplice após sua fala. A Presas de Prata não decepciona, é tão tediosa quanto sua tribo poderia ser e como Ahroun tinha apenas uma habilidade: bater.


*Espero que seja realmente boa nisso, Sinhá Moça.* - pensa, com um meio-sorriso no rosto.

Eis que um grupo entra no local. Era a matilha que os recepcionaria. Good-Vibes o recepciona com certo carinho e beijos no rosto, que são respondidos com sorriso sincero e palavras doces, por parte do Lua Nova:

'- Sempre bom reencontrá-la Good-Vibes.' 

Tinha perguntas para fazer a mesma, especialmente sobre a confecção clandestina, mas não era assunto para aquele momento. Sophia expõe o tema da visita e Akin opta pelo silêncio. Em seu íntimo, o Andarilho do Asfalto analisava a capacidade de estabelecer alianças da filha de Falcão.

Akin começa a escutar o relato que era feito por Good-Vibes. A simpática Galliard, apesar de branca, parecia ser alguém com dignidade nos padrões concebidos pelo Lua Nova. Sua atenção na Galliard é total e quando ela começa a falar sobre a droga, o Ragabash aguça ainda mais sua atenção. E o relato era de uma ação que não atingiu todos seus objetivos da qual a Sinhá da matilha havia participado.

Imaginava que, tendo participado, Sophia sabia exatamente onde estava metendo a matilha, mas tinha dificuldades em crer que ela tivesse agido por algo além de interesses na aliança com a outra matilha, o que não incomodava Akin. Muito pelo contrário! Ter a matilha de Good-Vibes como aliada era bom também para seus planos.

Uma proposta de divisão de tarefas é feita para Sophia. Com o celular na mão, Akin aguardava que a Branca de Neve tomasse sua decisão.

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Após empanturrar-se, o Roedor testemunha a matilha que adentra ao local, e, em suas particularidades, todas pareciam muito capazes no que quer que se dispusessem à fazer, e, o Roedor limita-se a sorrir à todas enquanto os planos começavam a ser discutidos.

O Sorriso desaparece enquanto o relato começa a se desfraldar..

*Isso é ruim... Muito ruim..*

.. Morlock sabia em primeira mão os terriveis efeitos e consequências das drogas, em especial, aquelas tocadas pela Wyrm, e, pela primeira vez desde que pisara na cidade sentia-se com raiva, e, sua fúria, diferente da dos demais vinha lenta, porém inexoravelmente à superfície.

O Theurge então olha para os demais com um semblante sério, e, por enquanto, esperaria a resposta da presas de prata que se propunha a liderar uma matilha das 13 tribos..

'- Me parece bom. Você tem algum mapa dos arredores, Good Vibes?' - Responde a Presas de Prata com seriedade.

Ela olha para Akin e diz.

'- Seus amigos estariam dispostos a fazer um cerco pra impedir uma eventual fuga de um carregamento? Caso aconteça algum imprevisto seria bom uma contingência do tipo para nos dar tempo de caçar os fujões.'


'- Poderíamos fazer um cerco

Havia muitas mulheres no recinto e em posições de liderança, isso parecia interessante, além de trazer certa esperança para Sarah

* Seis mulheres, dois homens e um roedor-de-ossos... Será que as coisas ainda tem jeito? *


Como sempre, meio paranóica observava pela persiana para ver se não tinha nehum tipo de perigo rondando o lugar enquanto deixava Sophitia mostrar para parte daquela matilha se realmente estava apta à liderar.

'- Eu preciso apenas de um pouco de energia espiritual. Fora isso, tô pronta.' - Responde para Good Vibes.

Olha pra Morlock e pergunta:

'- Você pode negociar com um espírito pra mim, Morlock? Eu não falo a língua dos espíritos. Se puder me ajudar eu agradeço.'

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*Porra.. eu queria ver isso..*

Pensa o Roedor ao saber que seria perfomado um rito que este desejava aprender, mas, sua alfa precisava de algo, e, era bom agradar os presas de prata, ele se sentiam respeitados e bem cuidados, e, um reizinho paparicado muitas vezes é um reizinho generoso..

*Mas não posso perder a piada né...*

"-Claro Sophitia.. - Ele dá um pequeno sorriso - ... Se puder me acompanhar até o banheiro, eu desenrolo a energia espiritual que precisa chefia.."

'- Beleza. Vamo ali. A gente já volta pessoal.' - Responde com a maior naturalidade do mundo enquanto vai caminhando pro banheiro e espera ser seguida pelo Roedor.

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*Huuum.. ela é mais estranha do que pensei..*

A concordância sem observações da Presa de Prata só faz a pulga atrás da orelha de Morlock coçar mais, ou, talvez, fosse de fato uma pulga, não tinha tempo para verificar isso agora.

Tão logo chegava no banheiro, Morlock rapidamente procurava um ralo no canto do mesmo, retira-o, pondo cuidadosamente ao lado do buraco, retira uma banana do bolso, uma das que tinha guardado enquanto os grandes conversavam, esmaga-a pelas bordas do ralo, jogando a casca da mesmo ralo adentro..

Neste momento, os olhos do Roedor assumem uma iluminação elétrica, fazendo transparecer um pouco a sua ascendência espiritual, enquanto continua a se inclinar para perto do Ralo, e, quando finalmente consegue ver seu próprio reflexo, ele como em uma explosão, assume sua forma racial tocando em Sophitia e levando-a a umbra..

OFF: Continua na Umbra